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ISABEL DO POVO
É meu adorável povo brasileiro.
A situação não está boa.
O momento está muito difícil para nós.
Estamos vivendo um tempo cheio de duvidas.
Uma época com muitas mudanças em nosso pais.
Mas fico pensando
Que a hora que nós conseguirmos
Estancar a falsidade política.
A hora que virarmos as costas
No momento que vierem pedir votos.
No momento que vierem pedir ajuda
Com “aquelas caras de bunda”
Já vai ser um grande avanço.
Temos de perder o medo de dizer:
Não vamos aceitar mais a exploração.
O analfabetismo a prostituição
E o trabalho infantil.
A miséria o desmatamento literal
E moral do Brasil.
Temos que lutar para acabar com esse destino.
De ter que ser sempre nós a se foder.
Pra enriquecer esses vagabundos
Que estão no poder.
Nós temos que parar de penar.
Nós mesmos é que temos que
Dissolver todo esse mal estar.
Toda essa angustia dos anos
Instalada no peito.
Ou então vamos apenas ficar
Regando plantas.
Vendo novelas, assistindo esportes.
Na esperança que apareça
Uma Izabel do povo.
Que num passe de mágica numa canetada,
Faça a gente se levantar
Dessa vida sem sabor, sem prazer.
E que emocionados aplaudiremos,
jogaremos flores,
Lançaremos nossas vozes cheias de calor,
Com cânticos de louvor.
Ovacionando-a que nos libertou
Do circulo da tensão,
Dos antros da depravação
Do submundo das brigas e das drogas.
Das dores dos horrores.
Dos tiros dos lutos e dos putos.
Que maravilha seria viver
Sem essa intimidade com a necessidade.
Ter distância da maldade.
Passear feliz pela cidade.
Com vontade de pedir a alguém pra beliscar.
Demorando a acreditar que
Um sonho uma ilusão uma utopia,
Pudesse enfim se realizar.
Então esse sonho essa ilusão
Essa utopia se a gente não gritar, não brigar.
Vai continuar sendo a alegria
Dos colarinhos brancos.
Que roubam na sombra de todas as noites.
E riem televisamente a luz de todos os dias.
Eduardo Ramos
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